sexta-feira, 12 de março de 2010

BENDITO CARRINHO DE SUPERMERCADO!

Todo mês a mesma coisa! Adaptar à rotina frenética da minha vida a abençoada lista de compras. No fundo eu até gosto, pois não deixa de ser um momento em que me sinto mais íntima da minha própria casa. Entre marcas de biscoito, quantidade de carne, peixe e frango consumidos,e aromas de sabonetes; posiciono-me como a dona da casa, e consequentemente dona daquelas tão amadas vidas que aguardam ansiosamente a chegada das sacolas do supermercado.
Mas foi neste último mês que algo interessante aconteceu. Depois de uma hora e meia escolhendo os produtos e enchendo o carrinho, simplesmente abandonei-o no meio do supermercado. É que ele estava com a roda presa e isto me estressou tanto, mais tanto que... Ufa! Resolvi abandoná-lo a própria sorte. Decisão que jamais tomaria tempos atrás.
Imediatamente após ter cometido o ato desvairado, ainda no supermercado, tentei tomar um cafezinho, que só não estava melhor porque coloquei adoçante onde já havia açúcar, dei a última olhada para o carrinho abandonado (que,aliás,se tivesse vida suplicaria para que a drástica decisão fosse reconsiderada), e fui para casa.
A verdade é que arrumei uma desculpa para justificar a minha atitude. Durante as compras eu observava que parte das pessoas estava com os seus pares, dividindo um momento que também pode ser feito a dois. Isto me fez refletir o quanto,ao longo dos anos, absorvi esta e tantas outras tarefas e adaptei-as ao meu cotidiano sem pedir qualquer tipo de ajuda. Não sei se por orgulho, ou por pensar que determinadas coisas não precisam ser pedidas. Sei lá! Sempre me preocupei em servir, atender, suprir; e acabei encenando a Mulher Maravilha para compensar os momentos de ausência, conseqüência da minha rotina de trabalho.
Porém, ao abandonar o carrinho de compras “roda-presa” percebi que naquele momento eu estava na verdade me libertando de um compromisso que somente agora percebia que não precisava ser somente meu. Esta atitude foi um grito magnífico: QUERO SER CUIDADA!
Cheguei até aqui achando que cuidar integralmente do outro era requisito básico para a felicidade, ou que não deixar nada faltar para o outro era como um troféu recebido. Claro que fui feliz enquanto acreditei nisto; mas acho que serei mais feliz agora, momento em que percebi que preciso deixar de encenar a Mulher Maravilha.
Pronto! Não quero mais ser a dona da casa, e sim sócia da casa,que um dia voltar a compartilhar com o outro.
Jamais imaginei que uma tentativa frustrada de compras, aliada a tentativa mais frustrada ainda de saborear um café, pudesse acrescentar tanto na vida de uma mulher.
Bendito carrinho de compras “roda-presa”!














Cátia Corrêa dos Santos
08/03/2010

AH!... O CARNAVAL.

Nossa! Estou comemorando hoje 43 anos de carnaval.
Tudo bem! Eu tenho 43 anos de idade e certamente não me recordo dos primeiros cinco carnavais da minha vida, momento em que sem sombra de dúvidas mamãe já deveria se encarregar de me fantasiar para a grande festa.
Mas depois dos cinco anos de idade tenho guardado na memória que eu e meu irmão éramos fantasiados de índios. Até aí tudo bem! O problema era que mamãe queria que vivêssemos o papel com realidade. A minha fantasia era branca, cheia de penas, tinha também machado, cocar; já a fantasia do meu irmão, apesar de ser idêntica a minha, pecava pela cor forte, aliás, muito forte. Era coral. Imagine! Esse “indiozinho” chorava, esperneava na tentativa inútil de demonstrar a sua insatisfação; mas lá íamos nós após o protesto. Felizes, apesar de tudo! Afinal, esperávamos pelo carnaval um ano inteirinho.
Cresci e continuei aguardando ansiosamente pela grande festa e agradecendo ao fato da fantasia de índio não mais caber em mim, confesso! Porém, nesta nova etapa da vida, a grande festa passou a ser: preparar e apresentar as belas fantasias nos bailes noturnos, cair na farra dos blocos, paquerar e até me apaixonar. No último dia, tristeza! O carnaval se despedia, mas sempre com a forte promessa de voltar no próximo ano.
Na verdade, acho que o tempo passou muito depressa. Mas mesmo assim percebi que continuo até hoje aguardando pelo carnaval, não mais com a inocência da infância, ou com deliciosa volúpia da juventude; porém com a tranqüilidade que marca esta minha nova fase da vida.
E por que ainda espero? Porque entendi que seja em casa, na praia, no recolhimento dos retiros, nos hotéis-fazenda, nos bailes de máscaras, nas avenidas ou clubes, sambando, lendo ou escrevendo... Onde eu estiver, o carnaval sempre passará deixando ao meu entender uma simples mensagem: “Ano que vem eu volto, e apenas espero te encontrar feliz”!
Iniciei dizendo que estou comemorando os inúmeros carnavais da minha vida. Tudo bem! Não planejei fantasias, não vou a nenhum baile, tampouco programo uma farra no bloco do bairro. Paquerar e me apaixonar? Até que não é má idéia! Mas, acredite! Hoje, também comemoro com alegria, pois planejei um almoço com amigas, estou escrevendo esta crônica, amanhã vou arrumar o armário, pegar um solzinho em casa mesmo e assistir ao carnaval pela tv. Verdade! Pela TV consigo observar carinhosamente a riqueza cultural desta festa de ritmos diversos, de danças “calientes”, de fantasias exuberantes e criativas que cada estado brasileiro conserva tão bem. Gosto de observar os rostos, os sorrisos, a entrega. Gosto, porque assim consigo lembrar dos antigos carnavais, do quanto eu os esperava e da alegria imensa que sentia quando “ele” enfim chegava. Era realmente uma alegria contagiante!
Enfim, percebo que o tempo passou, o carnaval mudou; mas eu também mudei. E muito! Mudei tanto que consigo sentir hoje a forte alegria que na infância e na adolescência me contagiavam durante os quatro dias da esperada festa, ainda que realizando atividades tão diferentes daquelas de anos atrás.
Hoje, como em todos os anos estou mais uma vez curtindo as doces lembranças de um tempo que certamente não voltará da forma como era, mas que nem por isso deixa de ser o meu maravilhoso tempo.










Cátia Corrêa dos Santos
Rio, 16/02/2010

SOMENTE UMA PIZZA DE MUSSARELA

Claro que não é uma pizza qualquer, e sim a de mussarela.
É verdade que procuro manter uma alimentação saudável ao longo da semana; gosto, por exemplo, de preparar um café da manhã nutritivo, no almoço busco os pratos coloridos e leves, iogurte no lanche da tarde, porém não abro mão do reforço no cardápio do jantar. Aí sim! A maravilhosa comidinha caseira. Tudo bem! Preciso confessar que entre estas refeições não resisto a um cafezinho, é que também não sou de ferro!
Mas quando vai chegando sexta-feira, me realizo. Suspendo o jantar caseiro e me delicio com a pizza. Adoro pizza! Especialmente a de mussarela, apesar das críticas que recebo por causa da simplicidade do sabor. Vai entender!
Sexta-feira passada não foi diferente. Cheguei a casa, tomei um banho refrescante, vesti o pijaminha básico, calcei o chinelo de espuma (quase uma pantufa), alcancei o livro e me acomodei na confortável cadeira que, aliás, parece me esperar sempre com um abraço. E foi assim que aproveitando o silêncio e aconchego da casa, iniciei aquele que é um dos meus programas prediletos: ler.
Passado algum tempo; ou melhor, muito tempo, resolvi pedir pelo telefone a tão esperada pizza de mussarela. Hum! Salivei apenas por imaginar aquele cheirinho tomando conta da minha cozinha. Então, animadamente arrumei a mesa, com direito a uma taça delicada de vinho tinto suave e toalha bordadinha. Ficou tão bonita a mesa! E o melhor, é que era todinha para mim. Estava pronta a programação da noite.
Mas ao admirar todo aquele cenário, pensei na preocupação excessiva que temos em satisfazer a todos aqueles que estão a nossa volta; o que é uma atitude caridosa e demonstra muita grandeza, porém não nos damos conta de que na maioria dos casos uma vida inteira se passa sem que consigamos satisfazer a nós mesmos.
Curti a bonita mesa sem culpas, sem me achar egoísta por preparar aquela festinha individual com tanto carinho. Apenas pensei no quanto de satisfação poderia me proporcionar e o quanto de alegria armazenaria no coração.
Me senti feliz! Por que devo ter vergonha de admitir isto? Claro que pode parecer estranho constatar toda esta felicidade apenas admirando uma mesa delicadamente arrumada a espera de uma pizza de mussarela.
Concordo! Mas, naquele momento estava fazendo o que poucas pessoas se permitem fazer: simplificar a vida e respeitar as próprias vontades. É exatamente desta forma que tenho tentado fazer bem a mim e a todas as pessoas que recebo com tanto carinho e aconchego em minha vida; ainda que elas não gostem de pizza de mussarela.

Cátia Corrêa dos Santos
10/03/2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

APENAS UM CAFÉ?




Adorava quando aos domingos, eu e a família íamos visitar a minha avó. A sua casa era pequena, mas muito aconchegante. Lembro-me de alguns detalhes da decoração, como: o radinho de pilha enfeitando a sua mesa de cabeceira, a colcha da cama e os tapetes de retalho que ela mesma costurava a mão, a cristaleira que guardava louças antigas e delicadas e a varanda com uma mesa de madeira acompanhada de duas cadeiras e um enfeite do qual infelizmente não consigo me lembrar. Mas um objeto em especial me chamava muita atenção. Era o bule. Na verdade ele nunca estava sozinho, era acompanhado de um kit: o coador de pano e a colher de pau, que não tenho medo de arriscar, já deveria acompanhar a minha avó a mais ou menos 30 anos.
Existia um ritual que começava no acompanhamento da temperatura da água, na embalagem do coador, nas canequinhas de ágata arrumadas sobre a mesa... E de repente, um cheiro delicioso tomava todo a casa. Aliás, sentia-se o cheiro lá do quintal! Pronto! Era a hora de saborear o café que sempre vinha acompanhado de bolinhos de chuva salpicados de açúcar e canela. Delícia!
Considero isto uma verdadeira herança deixada pela minha avó, pois hoje o meu ritual do café ( de cafeteira, confesso!) é sem dúvida um momento de doces lembranças, de reflexão, ou simplesmente de pausa para continuar as tarefas do dia. Porém o que mais me agrada é arrumar o balcão da cozinha com louças delicadas (Como as de vovó) e preparar um delicioso café para servir aos amigos. O cheiro invade a cozinha e me alegra a alma, além de ser a forma que encontro para dizer o quanto gosto de cada um desses amigos.
Nossa! Alí conversamos “abobrinhas”, confidenciamos tantas coisas, trocamos experiências e muitas vezes também, um silêncio profundo invade o ambiente, e logo é quebrado pela frase: Mais um cafezinho? Olha aí o café amenizando o clima de dor, de saudade, de tristeza, de ansiedade; e possibilitando mais uma vez a reflexão.
Engraçado! Somente agora escrevendo percebi que não convido todas as pessoas que conheço para tomar café comigo. Sei lá por que! Aliás sei mas, não gostaria de falar sobre isso agora.
Entendo que a evolução não pára. Visito regularmente as modernas cafeterias dos shopping centers, sozinha ou com amigos. Nelas eu também consigo meditar, tomar decisões, ouvir confidências; e também observar: a decoração sofisticada, os funcionários bem treinados servindo sucos, bolos, tortas, salgados (Não os vejo servindo bolinhos-de-chuva é verdade!). Enfim, leio algumas revistas antigas, descanso em sofás confortáveis. Ah! Já ia esquecendo: Navego na internet (risos). Bacana, mesmo! Este cenário somente reforça aos apreciadores do café, o quanto é importante o ritual em qualquer tempo.
Confesso que sinto falta e até hoje procuro, em casa ou nas cafeterias, o cheiro do café com o bolinho de chuva de vovó, porque embora muitos anos tenham se passado, sou feliz hoje, por entender que precisarei sempre recorrer ao cheiro que me remete a um tempo onde todas as coisas eram muito mais simples. Quem sabe assim eu consiga, entre uma xícara e outra, simplificar também a minha vida moderna!
Pena não poder agradecer pessoalmente a vovó por esta preciosa herança. Mas...
É domingo. Vou preparar um café!


Cátia C Santos
12/12/2009

DECIDI E PRONTO!



Domingo é um dia diferente para mim. Verdade! Resolvi que as visitas (amigos que aliás gosto muito de receber) não mais serão convidados neste dia da semana, mas na sexta-feira ou sábado. Isso mesmo! Elegi o domingo para o descanso, as reflexões, o café da manhã sem hora certa de começar, o almoço no restaurante ou o churrasquinho no quintal, regar as plantas e ler o jornal. Ah, o jornal! Não abro mão desta prática.
Foi então que ao folhear o meu companheirinho dominical, entre a leitura de uma e outra coluna, elegi aquela que me fez pensar pelo resto do dia.
Tratava-se da história de um sábio que depois de observar um homem bom, mas muito atarefado, estressado, materialista, prático, cheio de verdades absolutas... Acho até que conheço alguém assim! Enfim, o sábio então perguntou calmamente ao homem: “Como sabe se tomou a melhor decisão na sua vida?” E este prontamente respondeu: “Tomo a decisão que me faz feliz, isto significa que esta foi correta”.
Prontamente parei a leitura, analisei a minha vida, as minhas escolhas e cheguei à conclusão de que se o sábio estivesse em minha casa naquele momento (Abriria até uma exceção de recebê-lo no domingo) e me fizesse a mesma pergunta, eu prontamente responderia que a melhor decisão seria aquela que deixasse o maior número de pessoas felizes, equilibradas, seguras; especialmente aquelas mais ligadas a mim; ainda que para isso fosse necessário abrir mão de alguns sonhos.
Claro que seria muito mais prático agir e pensar como o homem bom que foi interrogado pelo sábio. Porém dentre tantas responsabilidades profissionais, familiares, conjugais, afetivas e várias outras que assumimos ao longo da vida, precisamos aprender a decidir o melhor rumo para cada uma delas. Caramba! Decidimos todos os dias e não nos damos conta de que este ato (que se tornou mecânico), sempre gera a escolha de um caminho.
Vejamos: Faço ou não o concurso? Deixo de trabalhar? Meu filho vai para creche? Portugal ou Itália? Casar? Divórcio? Ligo para ele? Guardo o dinheiro? Praia ou serra? Compro o carro? Que religião seguir? Casa ou apartamento? À vista ou parcelado? Até logo ou Adeus?
Acredito sinceramente que cada um de nós comanda um navio. Navio este, cheio de pessoas que embarcaram por acreditar na capacidade de liderança, tranqüilidade e segurança que transmitimos a elas. No meio da viagem claro que podemos fazer uma mudança de rota, alicerçados em motivos pessoais. Por que não? Porém, precisamos pensar no caos que será provocado na vida de cada uma dessas importantes pessoas.
Não vamos carregar o mundo nas costas, é certo! Mas, vale a pena preparar calmamente aqueles que em nós confiaram os seus sonhos e as suas expectativas. Afinal, quem conseguiria ao olhar para trás, ser verdadeiramente feliz sabendo que gerou tristeza, insegurança e desequilíbrio quando resolveu em nome da felicidade pessoal fazer uma mudança de rota?
Respirar! Respirar! Respirar mais um pouco, e confiar no tempo, pois ele nos ajudará verdadeiramente a tomar a decisão que sem dúvida, deixará o maior número de pessoas felizes, inclusive nós, os comandantes deste gigante e maravilhoso navio: a nossa vida.




Cátia Corrêa dos santos
16/01/2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mulher Coragem


Descobri hoje que conheço uma mulher de coragem. Nossa como fiquei feliz com essa constatação. Só tinha notícias de mulheres assim, destemidas e que lutam pelo que desejam, através dos livros de história. E hoje soube em primeira mão que uma dessas mulheres saiu dos livros e das memórias e tomou forma como amiga há uns bons meses, já. Mas que permanecia ali, à disposição. Só esperando um aceno para entrar em cena. Acho que a hora chegou. Uma das amigas mais queridas. Daquelas que só com o olhar consola e entende. Aquela amiga que sabe o que te vai na alma, anseia em te ajudar, mas nada força, nada invade. Apenas olha e entende. Olha e conforta. Essa amiga é aquela mulher de há pouco, mulher que não teme o porvir e faz a escolha certa para seu coração incerto. Nada sabe sobre seu futuro, mas nem por isso deixa de anciá-lo. Seus temores são sobre o que pode deixar de fazer e nunca sobre o que faz. Enfrenta a vida de peito aberto e alma limpa. À espera, mas nunca na inércia. Se reinventa constantemente sem ao menos levantar em um único tom, a sua voz. Tem o olhar plácido e cheio de esperança. Seu sorriso cativa e alenta. Sem notar, consola mais do que é consolada. Sua coragem desperta no outro o desejo de mudança e gana de viver. Agora acho que não tem mais volta. Que sensação boa. Reconfortante. Olhar e sorriso de menina, mas força e garra de mulher. Deve chorar, com certeza. Mas chora lágrimas de redenção e esperança. Mulher notável. Mulher coragem. Mulher guerreira. Mulher.
Amiga.


Por Mônica Innocêncio Ribeiro

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Grupo de Reflexão: Solidão x Solitude




Reflexão
•Momento para estar com pessoas que sofrem de dificuldades semelhantes.
•Trocar experiências na busca de uma nova percepção de si.
•Sair da solidão e do “mutismo” que, muitas vezes, são consequência de uma vida social competitiva e sem tempo para SER e somente para TER

* Grupos de no máximo, 5 participantes;
* O grupo irá acontecer no local onde a maioria dos interessados desejarem;
* O valor do grupo é de R$ 20,00 por encontro;
* A duração do grupo será determinada pela demanda (necessidade) do mesmo, não havendo tempo pré-determinado;
* Os encontros acontecem uma (01) vez por semana, em dia e hora que melhor atender aos participantes e terá duração de uma (01) hora;
* Ao final de um número determinado de 10 encontros, o participante terá um certificado atestando sua participação, podendo continuar a frequentar o grupo e assim acumular horas de participação.



*** Os interessados, favor me contatar via e-mail ou celular. Podemos montar o grupo em qualquer local do Rio de Janeiro e ir expandindo as atividades e assuntos, conforme a necessidade dos participantes.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

TOLERÂNCIA


Tenho pensado a respeito de tolerância. Como funciona isso? Minha vida toda agi como se esse mecanismo fosse automático no ser humano. Como se ser tolerante fosse algo instintivo em todos. Ser tolerante pra mim sempre foi aceitar o outro como ele é, afinal defeitos todos temos. E as qualidades? Onde ficam? Só aparecem quando nos interessa? Como olhar o outro e julgá-lo só pelo que ele faz de errado? E as vezes em que ele acertou? E as vezes em que ele me ajudou? Tudo se esvai quando essa mesma pessoa erra? E quando eu erro? Quero que os outros me tolerem, esqueçam meu erro? E porque não tolerar e esquecer o erro dos outros? Ah, claro. Já deve ter gente lendo esse texto e pensando: "...falar é fácil, mas vai viver uma decepção e tentar esquecer é outra coisa..." Mas quem falou aqui em esquecer? Estou falando em tolerar. Atentem para o título do texto "TOLERÂNCIA". Sim, essa mesma indulgência que exijo dos outros para comigo e nego na hora em que exigem de mim. Por que meus erros têm justificativas e os dos outros não? Por que as pessoas devem entender minhas limitações e eu não posso entender as delas? Esse comportamento pra mim, sempre foi o de todos, ou pelo menos deveria ser...Mas, lêdo engano. Tenho vivido dentro de uma roda viva de intolerância. Pessoas que teimam em deixar sua vida parada e estagnada, simplesmente porque são incapazes de deixar o que passou no passado e olhar adiante. Pessoas que são incapazes de olhar os próprios defeitos e admitir que não são "a última bolacha do pacote", olhar para o próprio SER e ver que também erram, e muito. Incapazes de perceber quantas vezes magoaram e quantas vezes foram tolerados. Realmente, não consigo vislumbrar onde tudo isso irá nos levar, mas só de tentar imaginar tenho arrepios de medo. Só de revisitar alguns fatos da História recente da Humanidade e ver o que resultou de prejuízos por causa da intolerância, minha esperança se esvai mais uma vez. Pois se dentro das minhas posses, dos meus domínios, de minha casa, esse comportamento está cada dia mais escasso, fora do que julgo ter controle, nesse mundão de me DEUS, sua extinção é questão de tempo. E junto com a TOLERÂNCIA e a CIVILIDADE, se extinguirá também o que resta de HUMANO em nós.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mudanças

Sempre me pego pensando a respeito de mudanças.
Por que, afinal, tantas mudanças? Por que o desconhecido vem sempre bater à minha porta? Por que não posso seguir minha vida sem sobressaltos e expectativas? Ao mesmo tempo em que me pego questionando, me pego tendo todas as respostas necessárias. Mudar é HUMANO. É uma necessidade que possuímos e que tem a função de nos constituir enquanto sujeitos desejantes. Nossa missão maior é afastar o desprazer e atrair o prazer SEMPRE. Então, nada mais justo do que mudar SEMPRE. Basta a vida dar uma estabilizada e lá vamos nós a procura de novos desafios. E tem que ser com bastante dificuldade e medo, senão não tem graça. Após cada batalha vencida vem a sensação de dever cumprido e um GOZO sem igual. Fale a verdade, tem coisa mais deliciosa do que vencer por mérito próprio? Tem GOZO maior do que olhar pra trás e ver que todos os obstáculos foram transpostos? Claro que em algumas vezes a dor e a decepção tomam conta, já que nem sempre é possível vencer, mas mesmo assim tem-se a sensação de algo realizado (claro que depois que a dor passa) e a necessidade de tentar de novo vem com força, como uma onda devastadora. Fazer, realizar, ser feliz, GOZAR...é a maior delícia e vale todas as lutas e todas as lágrimas derramadas em nome dela...Feliz daquele que tem "um leão por dia pra matar" e chega a noite e se delicia com sua carne suculenta. Lutemos sempre que a vitória vem. Nem sempre da forma como idealizamos, mas com certeza da forma que merecemos.

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

sábado, 16 de maio de 2009

Cansei

Cansei de ser EU.
Cansei de fazer o que bem entendo.
Cansei de falar o que quero.
Na hora que quero.
Do jeito que quero.
Cansei de gritar o que sinto e não ouvir o que os outros sentem.
Cansei de tentar ajudar e só atrapalhar.
Cansei de me encher de boas intenções e só ter o inferno a me esperar.
Cansei de me desculpar e de nada valer. Fazer tudo de novo.
Cansei...
Quero me cansar menos...
Quero me desculpar menos...

Quero ser menos EU...

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O que é ser mãe? Isso existe?

O conceito que conhecemos de maternidade, nos remete a uma figura que a priori é a síntese do amor incondicional. Aquela que dá amor e que nada pede em troca, que manifesta esse sentimento desde a concepção e em muitas mulheres desde que o desejo de ser mãe se manifesta e que o senso comum convencionou denominar de relógio biológico. Ser mãe é o que conhecemos como a preparadora do sujeito para a vida, para o enfrentamento dos eventos sociais, das frustrações, das decepções, dos medos, das dores, das pessoas más, dos "lobos maus", dos "velhos do saco", das "bruxas", do "bicho papão", do "boi da cara preta"... Existem aquelas mães que superprotegem, aquelas que dão liberdade demais, aquelas que brigam demais, aquelas que conversam demais e são amigas demais. Enfim, existem mães para "todos os gostos" e para todas as conseqüências, sejam sociais ou emocionais, desde que umas se apóiam e resultam nas outras.
O que está emergindo na atualidade, e de repente por causa do advento da mídia, porque não se pode afirmar de que isso não ocorria antes, é um tipo de mãe que é absolutamente contrária à essa visão social. É a mãe que é o próprio agente medo personificado, é a própria "bruxa", é o próprio "bicho papão", é o ser que conduz o filho às dores das quais deveria proteger. Mães que matam, mães que ferem, mães que negligenciam, mães que abandonam. Onde esse conceito foi construído? Onde está o erro? Se é que esse erro existe? Será que o erro não seria impingir ao papel de mãe um peso, uma responsabilidade que, absolutamente ele não tem? Será que essas mulheres estão preparadas para assumir esse papel a que são apresentadas desde que nascem? De onde surgiu a ideia de que para que uma mulher seja realizada, TEM QUE ser mãe? Não estará nesse ponto a raiz do problema? Será que essas mulheres são impelidas a um amor que não têm capacidade de sentir e muito menos doar? Por quê tantas mães matam? Por quê tantas mães abandonam? Por quê? Hoje, ao ver notícias de mães que matam seus filhos e escondem o corpo; mães que envenenam os filhos a fim de atingir o ex-marido, me faço essas perguntas. Quem são essas mulheres? Que tipo de sentimentos as movem? Onde está o(s) (ir)responsável(eis) por colocar nas mulheres essa sensação perpétua de estar devendo algo à sociedade e cobrar dela a maternidade, para que com isso ela consiga pagar essa dívida? Onde está a sociedade que não a auxilia a lidar com as demandas de um amor que se intitula incondicional e que não pergunta a ela se esse é seu desejo? Como punir uma mulher que lida com uma expectativa externa e que em algum ponto não dá mais conta dessa obrigação e se vê no desejo de eliminá-la da sua vida? Essa mulher merece punição? Quem estaria apto a aplicar-lhe tal pena?

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Não à Hipocrisia: Uma reflexão

Sempre que vejo alguém reclamando de políticos que roubam milhões, me pergunto: "será que essa pessoa não contribui de alguma forma para isso?" É muito fácil sentar no sofá ou no barzinho e xingar os políticos que roubam milhões de reais e ao sair dali, comprar um DVD Pirata, fazer gato de Luz, água e Net em casa. Sabe quanto é a economia de um "gato" em casa? R$ 30,00? Um DVD pirata custa R$ 5,00. Não é muito pouco pra jogar a própria dignidade fora? E como reclamar de alguém que rouba milhões se se é capaz de roubar R$ 30,00, R$ 20,00...????...Será que estivesse no lugar dos políticos também não roubaria? Roubo é um conceito único, não muda de acordo com o valor roubado ou o cargo ocupado.

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

Meu Presente, Um Divã

Oi Martha, desculpe-me a pretensa intimidade, mas esse é um sentimento impossível de não experimentar com relação à você. Intimidade de idéias frente à vida, aos sentimentos humanos, aos sofrimentos próprios e alheios. Acabo de chegar de uma tarde que começou despretenciosa com amigas que resolveram ir ao cinema e terminou com um turbilhão de emoções dignas de qualquer sessão de análise. Bem pertinente em se tratando do filme assistido. Divã. Sempre fui leitora assídua dos seus textos e o domingo pra mim só começa após a leitura das crônicas na revista de O Globo. Sempre com uma reflexão, com algo a me explicar e a me libertar de situações e sentimentos vividos ao longo da semana. Baseada nessas experiências, fui com amigas ver suas "crônicas filmadas". Qual não foi a minha surpresa ao constatar que a Mercedes sou eu? A Mônica sou eu (temos até o mesmo nome...rs), o Gustavo é meu marido (às vezes sou eu também). Grata surpresa e que prazer sentir o riso solto, sem amarras, sem pudores, com as agruras daquelas mulheres. Que delícia deixar as lágrimas rolarem, doloridas com aquelas escolhas, com aquela amizade, com aquela busca...Revivendo as próprias escolhas, amizades e buscas...Saí do cinema com a alma leve e com a sensação de que alguém me entende, me justifica, me purga, me penitencia e me absolve, sem absolutamente, me julgar. Ao chegar em casa, corri para a estante e peguei "Doidas e Santas" para reler e não perder a sensação de libertação que experimentei naquelas duas horas na "sala escura". Muito obrigada por esse presente.

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

quarta-feira, 11 de março de 2009

Como lidar com as palavras

Judy Wallman é uma pesquisadora na área de genealogia nos Estados Unidos. Durante pesquisa da árvore genealógica de sua família deu de cara com uma informação interessante. Um tio-bisavô, Remus Reid, era ladrão de cavalos e assaltante de trens. No verso da única foto existente de Remus (em que ele aparece ao pé de uma forca) está escrito:
"Remus Reid, ladrão de cavalos, mandado para a Prisão Territorial de Montana em 1885, escapou em 1887, assaltou o trem Montana Flyer por seis vezes. Foi preso novamente, desta vez pelos agentes da Pinkerton, condenado e enforcado em 1889."
Acontece que o ladrão Remus Reid é ancestral comum de Judy e do senador pelo estado de Nevada, Harry Reid. Então Judy enviou um email ao senador solicitando informações sobre o parente comum. Mas não mencionou que havia descoberto que o sujeito era um bandido.
A atenta assessoria do Senador respondeu desta forma:
"Remus Reid foi um famoso cowboy no Território de Montana. Seu império de negócios cresceu a ponto de incluir a aquisição de valiosos ativos eqüestres, além de um íntimo relacionamento com a Ferrovia de Montana. A partir de 1883 dedicou vários anos de sua vida a serviço do governo, atividade que interrompeu para reiniciar seu relacionamento com a Ferrovia. Em 1887 foi o principal protagonista em uma importante investigação conduzida pela famosa Agência de Detetives Pinkerton. Em 1889, Remus faleceu durante uma importante cerimônia cívica realizada em sua homenagem, quando a plataforma sobre a qual ele estava cedeu."
Não é sensacional ? Palavras e números podem ser maqnipulados pra dizer o que o manipulador quiser!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Repúdio

Essa semana ocorreu um fato triste mas que nos faz pensar a respeito da miséria humana. Miséria essa que perpassa por todos os seguimentos e camadas da sociedade. Foi noticiado o fato de que uma criança de 9 (n-o-v-e) anos foi estuprada pelo padrasto e estava grávida de gêmeos. A mãe ao descobrir o ocorrido pediu ajuda à justiça e conseguiu que o aborto fosse realizado. O que deveria ser a resolução de um problema, pelo menos a possível naquele momento de dor e desespero (vejam aí que não sou e nem nunca serei a favor do aborto) , porque além do trauma do estupro a menina ainda estava grávida e com ameaça a sua vida por ser uma gravidez de alto risco, tornou-se um "inferno" mais horripilante ainda quando a "santa madre igreja" resolveu se intrometer na conversa onde, absolutamente não foi chamada. Em um país onde a taxa de adolescentes grávidas é enorme por falta de educação sexual, porque é feio falar de sexo com crianças (pode incitá-las a fazer?????), é feio falar de camisinha (?); onde os ditos miseráveis, que vivem à margem da sociedade e, consequentemente alheios aos avanços da educação e tecnologia não possuem sequer apoio para decidir sobre o que fazer com a própria desgraça. A "santa igreja", que vem matando milhões ao longo de sua funesta história (vide inquisição), se coloca do alto de um suposto poder acima do bem e do mal e condena essa mãe e os médicos por tentarem ajudar a pelo menos minimizar os problemas que essa criança irá enfrentar pelo resto da vida dela (não se iludam porque que será mesmo pelo resto da vida), e ainda contam com o auxílio de “advogados”, indivíduos que se aproveitam de uma tragédia familiar dessa proporção, a fim de ganhar notoriedade (é só o que posso concluir dessa lamentável atitude). Essa criança vinha sendo estuprada pelo padrasto desde os 6 (s-e-i-s) anos de idade e não temos notícias de uma palavra sequer de excomunhão a esse SER que roubou a infância e a vida dessa criança. O que a "santa igreja" tem a dizer a respeito? Só que a vida deve ser preservada? Mas que vida? A do maníaco estuprador? A da sua tão milenar história triste de atrocidades? Sim porque com essa sua atitude de julgar e condenar sem procurar entender os fatos, só faz manter mais e mais sua identidade de escória da humanidade. Vão excomungar a família? E daí? Se houver alguém pra explicar pra eles que esse suposto deus (com letra minúscula mesmo) que essa tal igreja diz representar, não é dotado de tal intolerância, fará com que a própria mãe mande-os enfiar essa excomunhão onde eles bem entenderem. O dia em que a sociedade começar ela própria a excomungar esse tipo de igreja e pensamento retrógrado, esse país e esse mundo doido onde vivemos será pelo menos, um pouco mais justo e confiável.

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

quarta-feira, 4 de março de 2009

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

História do 8 de março

“No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.”

Depois de muito tempo e luta em prol da “suposta igualdade” frente aos homens, finalmente as mulheres tiveram acesso a um instrumento de libertação, a pílula anticoncepcional. Pílula essa que lhes daria a tão sonhada liberdade sexual, que lhe daria o aval para uma vida sexual sem sobressaltos e sem ter que dar satisfações à dita “sociedade de bem” da época. A pílula possibilitava que a mulher fizesse sexo com quem bem entendesse, na hora e onde bem entendesse sem os riscos de uma gravidez indesejada e, conseqüentemente, de “ficar falada” como uma “perdida”. Finalmente, donas do próprio corpo e gozo. Será?

Sempre me questiono se diante de tantas conquistas (incontestáveis) , além da pílula que nós mulheres obtivemos, não passamos a nos sentir obrigadas a sermos iguais aos homens? Será que para nos sentirmos seres iguais (isso é possível?), necessitamos mesmo deixar de lado nossa feminilidade, nossa natural vocação para a maternidade, adiando mais e mais a vinda de um filho em detrimento de uma carreira sólida? (Afinal, mulher bem sucedida e moderna tem que ter uma carreira). O que ganhamos em querermos ser tão independentes se na hora de trocar um pneu, choramos e clamamos para que aquele farol que vem lá na esquina seja de um homem que tenha a boa vontade em trocá-lo pra nós? Se quando conhecemos um gato na balada, ficamos torcendo pra que ele ligue no dia seguinte (e eles raramente ligam) e não ligamos nós mesmas? Ah, porque senão daremos indícios de que estamos a fim dele? E daí? Não somos independentes? Não somos iguais? Por que não posso ligar e dizer que quero sair de novo com ele? Medo da decepção? Mas não somos fortes? Iguais? Ou nossa força só se manifesta na hora do parto, das cólicas menstruais? Na perda de um filho? Por que cobramos tanto do homem que abram a porta do carro, que mandem flores, que puxem a cadeira por nós? Por que ansiamos que o homem adivinhe o que queremos e não o dizemos com todas as letras: “quero isso, é possível ter?” E uma mulher igual e forte não pode ser a “MULHERZINHA” do seu homem? Não pode ser feminina e pedir carinho e sexo, sussurrando que ele é o que mais ela quer naquele momento? Enfim, por que essas atitudes fazem tanta diferença e muitas de nós as colocamos como condições imprescindíveis para que haja um relacionamento sadio? Será que essa luta de igualdade nos levou a uma situação inversa? Se que no afã de querer deixar de sermos vistas como objeto sexual, essa liberação toda não nos fez pegar o caminho de volta? Quantas mulheres hoje não exibem gratuitamente seus corpos e se trocam por migalhas de atenção, dinheiro, cerveja, carona no carrão (algumas nem olham o “carinha” se ele estiver a pé) com a desculpa de que são livres? E não estou falando das prostitutas, essas pelo menos são honestas consigo mesmas e com os outros, estão lá e dizem: “vendo sexo, custa tanto” e paga quem quer, não se iludem de que estão recebendo por um serviço prestado. Falo de determinadas mulheres que vêem no casamento ou nos filhos, garantia de uma velhice tranqüila, com pensão, casa, comida e roupa lavada...Dessas que ficam grávidas “sem querer” e se enchem de razão pra cobrar responsabilidades do pai da criança como se elas também as não tivessem. Falo daquelas que colocam o silicone como sendo a tábua salvadora...do botox seu redentor...das aplicações de LIPOSTABIL seu ideal de felicidade...como se nada mais valesse...Como se um corpo saudável não fosse possível só com alimentação balanceada e exercícios regulares. Só as saradas e siliconadas é que têm direito à felicidade, a olhares, a valorização...???
Limitações físicas não nos fazem o sexo frágil, mas sim um ser mais fraco fisicamente e só. Por que não aceitar isso e ver que nas nossas diferenças com os homens é que podemos começar a nos sentir completas e realizadas?


Por Mônica Innocêncio Ribeiro

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Culpa

Somos donos de nossos atos,mas não donos de nossos sentimentos;Somos culpados pelo que fazemos,mas não somos culpados pelo que sentimos; Podemos prometer atos, mas não podemos prometer sentimentos...Atos sao pássaros engailoados, sentimentos são passaros em vôo.

Mário Quintana