segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Grupo de Reflexão: Solidão x Solitude




Reflexão
•Momento para estar com pessoas que sofrem de dificuldades semelhantes.
•Trocar experiências na busca de uma nova percepção de si.
•Sair da solidão e do “mutismo” que, muitas vezes, são consequência de uma vida social competitiva e sem tempo para SER e somente para TER

* Grupos de no máximo, 5 participantes;
* O grupo irá acontecer no local onde a maioria dos interessados desejarem;
* O valor do grupo é de R$ 20,00 por encontro;
* A duração do grupo será determinada pela demanda (necessidade) do mesmo, não havendo tempo pré-determinado;
* Os encontros acontecem uma (01) vez por semana, em dia e hora que melhor atender aos participantes e terá duração de uma (01) hora;
* Ao final de um número determinado de 10 encontros, o participante terá um certificado atestando sua participação, podendo continuar a frequentar o grupo e assim acumular horas de participação.



*** Os interessados, favor me contatar via e-mail ou celular. Podemos montar o grupo em qualquer local do Rio de Janeiro e ir expandindo as atividades e assuntos, conforme a necessidade dos participantes.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

TOLERÂNCIA


Tenho pensado a respeito de tolerância. Como funciona isso? Minha vida toda agi como se esse mecanismo fosse automático no ser humano. Como se ser tolerante fosse algo instintivo em todos. Ser tolerante pra mim sempre foi aceitar o outro como ele é, afinal defeitos todos temos. E as qualidades? Onde ficam? Só aparecem quando nos interessa? Como olhar o outro e julgá-lo só pelo que ele faz de errado? E as vezes em que ele acertou? E as vezes em que ele me ajudou? Tudo se esvai quando essa mesma pessoa erra? E quando eu erro? Quero que os outros me tolerem, esqueçam meu erro? E porque não tolerar e esquecer o erro dos outros? Ah, claro. Já deve ter gente lendo esse texto e pensando: "...falar é fácil, mas vai viver uma decepção e tentar esquecer é outra coisa..." Mas quem falou aqui em esquecer? Estou falando em tolerar. Atentem para o título do texto "TOLERÂNCIA". Sim, essa mesma indulgência que exijo dos outros para comigo e nego na hora em que exigem de mim. Por que meus erros têm justificativas e os dos outros não? Por que as pessoas devem entender minhas limitações e eu não posso entender as delas? Esse comportamento pra mim, sempre foi o de todos, ou pelo menos deveria ser...Mas, lêdo engano. Tenho vivido dentro de uma roda viva de intolerância. Pessoas que teimam em deixar sua vida parada e estagnada, simplesmente porque são incapazes de deixar o que passou no passado e olhar adiante. Pessoas que são incapazes de olhar os próprios defeitos e admitir que não são "a última bolacha do pacote", olhar para o próprio SER e ver que também erram, e muito. Incapazes de perceber quantas vezes magoaram e quantas vezes foram tolerados. Realmente, não consigo vislumbrar onde tudo isso irá nos levar, mas só de tentar imaginar tenho arrepios de medo. Só de revisitar alguns fatos da História recente da Humanidade e ver o que resultou de prejuízos por causa da intolerância, minha esperança se esvai mais uma vez. Pois se dentro das minhas posses, dos meus domínios, de minha casa, esse comportamento está cada dia mais escasso, fora do que julgo ter controle, nesse mundão de me DEUS, sua extinção é questão de tempo. E junto com a TOLERÂNCIA e a CIVILIDADE, se extinguirá também o que resta de HUMANO em nós.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mudanças

Sempre me pego pensando a respeito de mudanças.
Por que, afinal, tantas mudanças? Por que o desconhecido vem sempre bater à minha porta? Por que não posso seguir minha vida sem sobressaltos e expectativas? Ao mesmo tempo em que me pego questionando, me pego tendo todas as respostas necessárias. Mudar é HUMANO. É uma necessidade que possuímos e que tem a função de nos constituir enquanto sujeitos desejantes. Nossa missão maior é afastar o desprazer e atrair o prazer SEMPRE. Então, nada mais justo do que mudar SEMPRE. Basta a vida dar uma estabilizada e lá vamos nós a procura de novos desafios. E tem que ser com bastante dificuldade e medo, senão não tem graça. Após cada batalha vencida vem a sensação de dever cumprido e um GOZO sem igual. Fale a verdade, tem coisa mais deliciosa do que vencer por mérito próprio? Tem GOZO maior do que olhar pra trás e ver que todos os obstáculos foram transpostos? Claro que em algumas vezes a dor e a decepção tomam conta, já que nem sempre é possível vencer, mas mesmo assim tem-se a sensação de algo realizado (claro que depois que a dor passa) e a necessidade de tentar de novo vem com força, como uma onda devastadora. Fazer, realizar, ser feliz, GOZAR...é a maior delícia e vale todas as lutas e todas as lágrimas derramadas em nome dela...Feliz daquele que tem "um leão por dia pra matar" e chega a noite e se delicia com sua carne suculenta. Lutemos sempre que a vitória vem. Nem sempre da forma como idealizamos, mas com certeza da forma que merecemos.

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

sábado, 16 de maio de 2009

Cansei

Cansei de ser EU.
Cansei de fazer o que bem entendo.
Cansei de falar o que quero.
Na hora que quero.
Do jeito que quero.
Cansei de gritar o que sinto e não ouvir o que os outros sentem.
Cansei de tentar ajudar e só atrapalhar.
Cansei de me encher de boas intenções e só ter o inferno a me esperar.
Cansei de me desculpar e de nada valer. Fazer tudo de novo.
Cansei...
Quero me cansar menos...
Quero me desculpar menos...

Quero ser menos EU...

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O que é ser mãe? Isso existe?

O conceito que conhecemos de maternidade, nos remete a uma figura que a priori é a síntese do amor incondicional. Aquela que dá amor e que nada pede em troca, que manifesta esse sentimento desde a concepção e em muitas mulheres desde que o desejo de ser mãe se manifesta e que o senso comum convencionou denominar de relógio biológico. Ser mãe é o que conhecemos como a preparadora do sujeito para a vida, para o enfrentamento dos eventos sociais, das frustrações, das decepções, dos medos, das dores, das pessoas más, dos "lobos maus", dos "velhos do saco", das "bruxas", do "bicho papão", do "boi da cara preta"... Existem aquelas mães que superprotegem, aquelas que dão liberdade demais, aquelas que brigam demais, aquelas que conversam demais e são amigas demais. Enfim, existem mães para "todos os gostos" e para todas as conseqüências, sejam sociais ou emocionais, desde que umas se apóiam e resultam nas outras.
O que está emergindo na atualidade, e de repente por causa do advento da mídia, porque não se pode afirmar de que isso não ocorria antes, é um tipo de mãe que é absolutamente contrária à essa visão social. É a mãe que é o próprio agente medo personificado, é a própria "bruxa", é o próprio "bicho papão", é o ser que conduz o filho às dores das quais deveria proteger. Mães que matam, mães que ferem, mães que negligenciam, mães que abandonam. Onde esse conceito foi construído? Onde está o erro? Se é que esse erro existe? Será que o erro não seria impingir ao papel de mãe um peso, uma responsabilidade que, absolutamente ele não tem? Será que essas mulheres estão preparadas para assumir esse papel a que são apresentadas desde que nascem? De onde surgiu a ideia de que para que uma mulher seja realizada, TEM QUE ser mãe? Não estará nesse ponto a raiz do problema? Será que essas mulheres são impelidas a um amor que não têm capacidade de sentir e muito menos doar? Por quê tantas mães matam? Por quê tantas mães abandonam? Por quê? Hoje, ao ver notícias de mães que matam seus filhos e escondem o corpo; mães que envenenam os filhos a fim de atingir o ex-marido, me faço essas perguntas. Quem são essas mulheres? Que tipo de sentimentos as movem? Onde está o(s) (ir)responsável(eis) por colocar nas mulheres essa sensação perpétua de estar devendo algo à sociedade e cobrar dela a maternidade, para que com isso ela consiga pagar essa dívida? Onde está a sociedade que não a auxilia a lidar com as demandas de um amor que se intitula incondicional e que não pergunta a ela se esse é seu desejo? Como punir uma mulher que lida com uma expectativa externa e que em algum ponto não dá mais conta dessa obrigação e se vê no desejo de eliminá-la da sua vida? Essa mulher merece punição? Quem estaria apto a aplicar-lhe tal pena?

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Não à Hipocrisia: Uma reflexão

Sempre que vejo alguém reclamando de políticos que roubam milhões, me pergunto: "será que essa pessoa não contribui de alguma forma para isso?" É muito fácil sentar no sofá ou no barzinho e xingar os políticos que roubam milhões de reais e ao sair dali, comprar um DVD Pirata, fazer gato de Luz, água e Net em casa. Sabe quanto é a economia de um "gato" em casa? R$ 30,00? Um DVD pirata custa R$ 5,00. Não é muito pouco pra jogar a própria dignidade fora? E como reclamar de alguém que rouba milhões se se é capaz de roubar R$ 30,00, R$ 20,00...????...Será que estivesse no lugar dos políticos também não roubaria? Roubo é um conceito único, não muda de acordo com o valor roubado ou o cargo ocupado.

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

Meu Presente, Um Divã

Oi Martha, desculpe-me a pretensa intimidade, mas esse é um sentimento impossível de não experimentar com relação à você. Intimidade de idéias frente à vida, aos sentimentos humanos, aos sofrimentos próprios e alheios. Acabo de chegar de uma tarde que começou despretenciosa com amigas que resolveram ir ao cinema e terminou com um turbilhão de emoções dignas de qualquer sessão de análise. Bem pertinente em se tratando do filme assistido. Divã. Sempre fui leitora assídua dos seus textos e o domingo pra mim só começa após a leitura das crônicas na revista de O Globo. Sempre com uma reflexão, com algo a me explicar e a me libertar de situações e sentimentos vividos ao longo da semana. Baseada nessas experiências, fui com amigas ver suas "crônicas filmadas". Qual não foi a minha surpresa ao constatar que a Mercedes sou eu? A Mônica sou eu (temos até o mesmo nome...rs), o Gustavo é meu marido (às vezes sou eu também). Grata surpresa e que prazer sentir o riso solto, sem amarras, sem pudores, com as agruras daquelas mulheres. Que delícia deixar as lágrimas rolarem, doloridas com aquelas escolhas, com aquela amizade, com aquela busca...Revivendo as próprias escolhas, amizades e buscas...Saí do cinema com a alma leve e com a sensação de que alguém me entende, me justifica, me purga, me penitencia e me absolve, sem absolutamente, me julgar. Ao chegar em casa, corri para a estante e peguei "Doidas e Santas" para reler e não perder a sensação de libertação que experimentei naquelas duas horas na "sala escura". Muito obrigada por esse presente.

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

quarta-feira, 11 de março de 2009

Como lidar com as palavras

Judy Wallman é uma pesquisadora na área de genealogia nos Estados Unidos. Durante pesquisa da árvore genealógica de sua família deu de cara com uma informação interessante. Um tio-bisavô, Remus Reid, era ladrão de cavalos e assaltante de trens. No verso da única foto existente de Remus (em que ele aparece ao pé de uma forca) está escrito:
"Remus Reid, ladrão de cavalos, mandado para a Prisão Territorial de Montana em 1885, escapou em 1887, assaltou o trem Montana Flyer por seis vezes. Foi preso novamente, desta vez pelos agentes da Pinkerton, condenado e enforcado em 1889."
Acontece que o ladrão Remus Reid é ancestral comum de Judy e do senador pelo estado de Nevada, Harry Reid. Então Judy enviou um email ao senador solicitando informações sobre o parente comum. Mas não mencionou que havia descoberto que o sujeito era um bandido.
A atenta assessoria do Senador respondeu desta forma:
"Remus Reid foi um famoso cowboy no Território de Montana. Seu império de negócios cresceu a ponto de incluir a aquisição de valiosos ativos eqüestres, além de um íntimo relacionamento com a Ferrovia de Montana. A partir de 1883 dedicou vários anos de sua vida a serviço do governo, atividade que interrompeu para reiniciar seu relacionamento com a Ferrovia. Em 1887 foi o principal protagonista em uma importante investigação conduzida pela famosa Agência de Detetives Pinkerton. Em 1889, Remus faleceu durante uma importante cerimônia cívica realizada em sua homenagem, quando a plataforma sobre a qual ele estava cedeu."
Não é sensacional ? Palavras e números podem ser maqnipulados pra dizer o que o manipulador quiser!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Repúdio

Essa semana ocorreu um fato triste mas que nos faz pensar a respeito da miséria humana. Miséria essa que perpassa por todos os seguimentos e camadas da sociedade. Foi noticiado o fato de que uma criança de 9 (n-o-v-e) anos foi estuprada pelo padrasto e estava grávida de gêmeos. A mãe ao descobrir o ocorrido pediu ajuda à justiça e conseguiu que o aborto fosse realizado. O que deveria ser a resolução de um problema, pelo menos a possível naquele momento de dor e desespero (vejam aí que não sou e nem nunca serei a favor do aborto) , porque além do trauma do estupro a menina ainda estava grávida e com ameaça a sua vida por ser uma gravidez de alto risco, tornou-se um "inferno" mais horripilante ainda quando a "santa madre igreja" resolveu se intrometer na conversa onde, absolutamente não foi chamada. Em um país onde a taxa de adolescentes grávidas é enorme por falta de educação sexual, porque é feio falar de sexo com crianças (pode incitá-las a fazer?????), é feio falar de camisinha (?); onde os ditos miseráveis, que vivem à margem da sociedade e, consequentemente alheios aos avanços da educação e tecnologia não possuem sequer apoio para decidir sobre o que fazer com a própria desgraça. A "santa igreja", que vem matando milhões ao longo de sua funesta história (vide inquisição), se coloca do alto de um suposto poder acima do bem e do mal e condena essa mãe e os médicos por tentarem ajudar a pelo menos minimizar os problemas que essa criança irá enfrentar pelo resto da vida dela (não se iludam porque que será mesmo pelo resto da vida), e ainda contam com o auxílio de “advogados”, indivíduos que se aproveitam de uma tragédia familiar dessa proporção, a fim de ganhar notoriedade (é só o que posso concluir dessa lamentável atitude). Essa criança vinha sendo estuprada pelo padrasto desde os 6 (s-e-i-s) anos de idade e não temos notícias de uma palavra sequer de excomunhão a esse SER que roubou a infância e a vida dessa criança. O que a "santa igreja" tem a dizer a respeito? Só que a vida deve ser preservada? Mas que vida? A do maníaco estuprador? A da sua tão milenar história triste de atrocidades? Sim porque com essa sua atitude de julgar e condenar sem procurar entender os fatos, só faz manter mais e mais sua identidade de escória da humanidade. Vão excomungar a família? E daí? Se houver alguém pra explicar pra eles que esse suposto deus (com letra minúscula mesmo) que essa tal igreja diz representar, não é dotado de tal intolerância, fará com que a própria mãe mande-os enfiar essa excomunhão onde eles bem entenderem. O dia em que a sociedade começar ela própria a excomungar esse tipo de igreja e pensamento retrógrado, esse país e esse mundo doido onde vivemos será pelo menos, um pouco mais justo e confiável.

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

quarta-feira, 4 de março de 2009

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

História do 8 de março

“No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.”

Depois de muito tempo e luta em prol da “suposta igualdade” frente aos homens, finalmente as mulheres tiveram acesso a um instrumento de libertação, a pílula anticoncepcional. Pílula essa que lhes daria a tão sonhada liberdade sexual, que lhe daria o aval para uma vida sexual sem sobressaltos e sem ter que dar satisfações à dita “sociedade de bem” da época. A pílula possibilitava que a mulher fizesse sexo com quem bem entendesse, na hora e onde bem entendesse sem os riscos de uma gravidez indesejada e, conseqüentemente, de “ficar falada” como uma “perdida”. Finalmente, donas do próprio corpo e gozo. Será?

Sempre me questiono se diante de tantas conquistas (incontestáveis) , além da pílula que nós mulheres obtivemos, não passamos a nos sentir obrigadas a sermos iguais aos homens? Será que para nos sentirmos seres iguais (isso é possível?), necessitamos mesmo deixar de lado nossa feminilidade, nossa natural vocação para a maternidade, adiando mais e mais a vinda de um filho em detrimento de uma carreira sólida? (Afinal, mulher bem sucedida e moderna tem que ter uma carreira). O que ganhamos em querermos ser tão independentes se na hora de trocar um pneu, choramos e clamamos para que aquele farol que vem lá na esquina seja de um homem que tenha a boa vontade em trocá-lo pra nós? Se quando conhecemos um gato na balada, ficamos torcendo pra que ele ligue no dia seguinte (e eles raramente ligam) e não ligamos nós mesmas? Ah, porque senão daremos indícios de que estamos a fim dele? E daí? Não somos independentes? Não somos iguais? Por que não posso ligar e dizer que quero sair de novo com ele? Medo da decepção? Mas não somos fortes? Iguais? Ou nossa força só se manifesta na hora do parto, das cólicas menstruais? Na perda de um filho? Por que cobramos tanto do homem que abram a porta do carro, que mandem flores, que puxem a cadeira por nós? Por que ansiamos que o homem adivinhe o que queremos e não o dizemos com todas as letras: “quero isso, é possível ter?” E uma mulher igual e forte não pode ser a “MULHERZINHA” do seu homem? Não pode ser feminina e pedir carinho e sexo, sussurrando que ele é o que mais ela quer naquele momento? Enfim, por que essas atitudes fazem tanta diferença e muitas de nós as colocamos como condições imprescindíveis para que haja um relacionamento sadio? Será que essa luta de igualdade nos levou a uma situação inversa? Se que no afã de querer deixar de sermos vistas como objeto sexual, essa liberação toda não nos fez pegar o caminho de volta? Quantas mulheres hoje não exibem gratuitamente seus corpos e se trocam por migalhas de atenção, dinheiro, cerveja, carona no carrão (algumas nem olham o “carinha” se ele estiver a pé) com a desculpa de que são livres? E não estou falando das prostitutas, essas pelo menos são honestas consigo mesmas e com os outros, estão lá e dizem: “vendo sexo, custa tanto” e paga quem quer, não se iludem de que estão recebendo por um serviço prestado. Falo de determinadas mulheres que vêem no casamento ou nos filhos, garantia de uma velhice tranqüila, com pensão, casa, comida e roupa lavada...Dessas que ficam grávidas “sem querer” e se enchem de razão pra cobrar responsabilidades do pai da criança como se elas também as não tivessem. Falo daquelas que colocam o silicone como sendo a tábua salvadora...do botox seu redentor...das aplicações de LIPOSTABIL seu ideal de felicidade...como se nada mais valesse...Como se um corpo saudável não fosse possível só com alimentação balanceada e exercícios regulares. Só as saradas e siliconadas é que têm direito à felicidade, a olhares, a valorização...???
Limitações físicas não nos fazem o sexo frágil, mas sim um ser mais fraco fisicamente e só. Por que não aceitar isso e ver que nas nossas diferenças com os homens é que podemos começar a nos sentir completas e realizadas?


Por Mônica Innocêncio Ribeiro

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Culpa

Somos donos de nossos atos,mas não donos de nossos sentimentos;Somos culpados pelo que fazemos,mas não somos culpados pelo que sentimos; Podemos prometer atos, mas não podemos prometer sentimentos...Atos sao pássaros engailoados, sentimentos são passaros em vôo.

Mário Quintana