segunda-feira, 20 de abril de 2009

Meu Presente, Um Divã

Oi Martha, desculpe-me a pretensa intimidade, mas esse é um sentimento impossível de não experimentar com relação à você. Intimidade de idéias frente à vida, aos sentimentos humanos, aos sofrimentos próprios e alheios. Acabo de chegar de uma tarde que começou despretenciosa com amigas que resolveram ir ao cinema e terminou com um turbilhão de emoções dignas de qualquer sessão de análise. Bem pertinente em se tratando do filme assistido. Divã. Sempre fui leitora assídua dos seus textos e o domingo pra mim só começa após a leitura das crônicas na revista de O Globo. Sempre com uma reflexão, com algo a me explicar e a me libertar de situações e sentimentos vividos ao longo da semana. Baseada nessas experiências, fui com amigas ver suas "crônicas filmadas". Qual não foi a minha surpresa ao constatar que a Mercedes sou eu? A Mônica sou eu (temos até o mesmo nome...rs), o Gustavo é meu marido (às vezes sou eu também). Grata surpresa e que prazer sentir o riso solto, sem amarras, sem pudores, com as agruras daquelas mulheres. Que delícia deixar as lágrimas rolarem, doloridas com aquelas escolhas, com aquela amizade, com aquela busca...Revivendo as próprias escolhas, amizades e buscas...Saí do cinema com a alma leve e com a sensação de que alguém me entende, me justifica, me purga, me penitencia e me absolve, sem absolutamente, me julgar. Ao chegar em casa, corri para a estante e peguei "Doidas e Santas" para reler e não perder a sensação de libertação que experimentei naquelas duas horas na "sala escura". Muito obrigada por esse presente.

Por Mônica Innocêncio Ribeiro

Um comentário:

Unknown disse...

rsrs... que engraçado, a Mônica sou eu também, e Gustavo também é o meu marido.... Mas graças a Deus não preciso dos amantes(uma pena), pois eles são uma tentação....rsrs
"SE ALGUM DIA EU TIVE PROBLEMAS, NÃO FOI POR FALTA DE FELICIDADE." Martha Medeiros