segunda-feira, 1 de março de 2010

DECIDI E PRONTO!



Domingo é um dia diferente para mim. Verdade! Resolvi que as visitas (amigos que aliás gosto muito de receber) não mais serão convidados neste dia da semana, mas na sexta-feira ou sábado. Isso mesmo! Elegi o domingo para o descanso, as reflexões, o café da manhã sem hora certa de começar, o almoço no restaurante ou o churrasquinho no quintal, regar as plantas e ler o jornal. Ah, o jornal! Não abro mão desta prática.
Foi então que ao folhear o meu companheirinho dominical, entre a leitura de uma e outra coluna, elegi aquela que me fez pensar pelo resto do dia.
Tratava-se da história de um sábio que depois de observar um homem bom, mas muito atarefado, estressado, materialista, prático, cheio de verdades absolutas... Acho até que conheço alguém assim! Enfim, o sábio então perguntou calmamente ao homem: “Como sabe se tomou a melhor decisão na sua vida?” E este prontamente respondeu: “Tomo a decisão que me faz feliz, isto significa que esta foi correta”.
Prontamente parei a leitura, analisei a minha vida, as minhas escolhas e cheguei à conclusão de que se o sábio estivesse em minha casa naquele momento (Abriria até uma exceção de recebê-lo no domingo) e me fizesse a mesma pergunta, eu prontamente responderia que a melhor decisão seria aquela que deixasse o maior número de pessoas felizes, equilibradas, seguras; especialmente aquelas mais ligadas a mim; ainda que para isso fosse necessário abrir mão de alguns sonhos.
Claro que seria muito mais prático agir e pensar como o homem bom que foi interrogado pelo sábio. Porém dentre tantas responsabilidades profissionais, familiares, conjugais, afetivas e várias outras que assumimos ao longo da vida, precisamos aprender a decidir o melhor rumo para cada uma delas. Caramba! Decidimos todos os dias e não nos damos conta de que este ato (que se tornou mecânico), sempre gera a escolha de um caminho.
Vejamos: Faço ou não o concurso? Deixo de trabalhar? Meu filho vai para creche? Portugal ou Itália? Casar? Divórcio? Ligo para ele? Guardo o dinheiro? Praia ou serra? Compro o carro? Que religião seguir? Casa ou apartamento? À vista ou parcelado? Até logo ou Adeus?
Acredito sinceramente que cada um de nós comanda um navio. Navio este, cheio de pessoas que embarcaram por acreditar na capacidade de liderança, tranqüilidade e segurança que transmitimos a elas. No meio da viagem claro que podemos fazer uma mudança de rota, alicerçados em motivos pessoais. Por que não? Porém, precisamos pensar no caos que será provocado na vida de cada uma dessas importantes pessoas.
Não vamos carregar o mundo nas costas, é certo! Mas, vale a pena preparar calmamente aqueles que em nós confiaram os seus sonhos e as suas expectativas. Afinal, quem conseguiria ao olhar para trás, ser verdadeiramente feliz sabendo que gerou tristeza, insegurança e desequilíbrio quando resolveu em nome da felicidade pessoal fazer uma mudança de rota?
Respirar! Respirar! Respirar mais um pouco, e confiar no tempo, pois ele nos ajudará verdadeiramente a tomar a decisão que sem dúvida, deixará o maior número de pessoas felizes, inclusive nós, os comandantes deste gigante e maravilhoso navio: a nossa vida.




Cátia Corrêa dos santos
16/01/2010

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